quarta-feira, 16 de julho de 2008

títulos

- estive a pensar,
- uhn?
- foi presunção minha dizer "títulos incríveis" naquele título.
- é, pode ser. é uma forma apenas de dizer que te agradam, é uma hipérbole, enfim, temos este hábito com as palavras.
- mas o efeito saiu totalmente diferente, saiu pretensioso.
- pode ser, este é o maior problema do uso das palavras,
- escritas?
- pois é, com a palavra escrita o sentido dado na oralidade pode se transformar
- em algo ruim
- é verdade, com bem mais facilidade.
- escrever é muito, muito diferente de conversar.
- sempre achei isso, quero dizer, percebi isso ali escrevendo.
- é outra coisa!
- trata-se de outra coisa mesmo.
- algumas pessoas, enfim, trabalham em levar a oralidade para o texto escrito, em oferecer ao texto escrito o frescor da oralidade.
- Como a clarah averbuck?
- é, como a clarah e como o Saramago também.
- é essa é boa. Clarah e Saramago.
- Diferentes, mas parecidos.
- Muito diferentes! o velho saramago brinca mais, é mais versátil, a literatura da clarah é uma regurgitação...
- bom, é verdade. É verdade mesmo.
- Ele é muito mais autonomo em relação ao uso da linguagem.
- taí, não discordo não.
- são coisas diferentes.
- é, bem diferentes, bem diferentes mesmo.

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