terça-feira, 15 de julho de 2008

Uma informação a menos

imaginemos o dia com uma informação a menos.
delírio.

Parece que o tempo é curto.
Mas esses dias mesmo ouvia falarem
do tempo da leitura:
"é outro, não o do relógio" "lê-se pouco, passam-se horas..." e por aí seguiam os comentadores.

Tranquilizei-me. Era daquele modo realmente, mas não havia sistematizado.
Bem, aos caros leitores, insígnes, respeitados e respeitosos, etc, etc entre outros, vai minha singela satisfação: a de descobrir que o tempo era mesmo outro. e não apenas para esta pequena coisinha aqui, mas o era, o era, o era.

Sobre a literatura enfim. Sim, sigo com Swann de Proust. Sem pressa. Entre dez e vinte páginas por dia. Me bastam. Enfim, seria como beber de vez toda uma garrafa de Porto. Não faço isso assim, seria indigesto, ao menos do ponto de vista literário seria como uma indigestão.
É de se pensar sobre isto: analogias.
Tenho percebido que as analogias entre a estética e os hábitos alimentares são sempre bastante elucidativas. A reação de meus interlocutores e toda a reciprocidade parece sugerir que somos mais civilizados do ponto de vista dos hábitos à mesa. Quanto ao resto, nos perdoem. Ou não. Creio que incivilidades não sejam, de fato, desculpáveis. Eu ao menos ando farta.
Viram?
Casualmente aí está (ou não) a idéia da satisfação à mesa outra vez a nos perseguir.

Vejamos...a literatura. Era ela a princípio e nos perdemos a falar em comida, em cultura, em estética. Em verdade tenho falado de comida para falar em estética e tenho falado em estética para falar em literatura e sendo assim nunca falo dela.
- Do quê?
- Ora, sei lá...

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